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quarta-feira, junho 02, 2004

"Sentia uma dor que não existia. E por sentir essa dor, procurou o doutor, que disse no mundo ninguém podia tratar de dor que não doía. Mas se essa dor não existia, como podia sentir seus efeitos, dia após dia? Não entendia. Mas entender não era sua função, queira ou não, e, por não entendê-la, ela crescia e crescia. De início pensou se tratar de alergia. Tentou uma pomada, um emplastro, um chá, mas, pra dor que não há, ou remédio que não existe ou uma colherada de ar. Eis o que faz-se, às vezes se morre, às vezes se nasce, e entre esses momentos, não há dor que um dia não passe. Um dia o filho, sabiamente, viu que a dor, de sentido que não tinha, amor que não vinha e destino sem linha, dor que o maledicente disse é trauma e a mãe, doente, disse calma, viu que essa dor que não doía, era nada mais que dor da alma."

Este texto me foi apresentado pela mariella, é de um amigo dela, estevão, gostei muito, por isso público aqui para que meus amigos possam desfrutar dessas belas palavras, parabéns estevão.

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